domingo, novembro 04, 2007

Onde está o sol?

Está escuro lá fora. Estão nuvens no céu e não se consegue ver o sol.

Aqui dentro está bem melhor. Temos uma TV desligada mas um amplificador e um leitor de CD ligado com bom som.

Os gatos dormem no sofá enroscados um no outro. Adoro os nossos pequenos quando ficam assim calminhos e doces um com o outro. Sim, eu sei que é divertido quando eles correm pela casa e se degladiam no tapete da sala, mas limpar aquele pêlo todo que eles largam nem sempre tem piada. Mas eles agoram dormem.

Ficamos no sofá a dormitar e a luz vai diminuindo cada vez mais. Vais pela casa e trazes as nossas velas.

- Onde tens o isqueiro?

Não te consegues conter nunca em relação ao fumar e aproveitas até estes pequenos momentos para me relembrar que não deveria fumar.

Deito-me e colococando a cara na tua barriga sinto o teu perfume. Ai mulher que me deixas louco.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Sem dormir

Acordo e é tarde. Acordo e é cedo. Olho para o lado e vejo-te a ti que dormes e tento não pensar nos sonhos que me fizeram acordar. Levanto-me e vou à casa de banho buscar água enquanto tento convencer o meu corpo que não são horas para estes desejos.
Volto para junto de ti e os teus braços procuram-me para me aquecer. Não amor. Não preciso de calor, preciso é de arrefecer.
Abraço-te e sem pensar as minhas mãos afagam o teu corpo mais para junto de mim. Acaricio-te toda e tu que continuas a dormir começas a respirar mais forte. Deito-te sobre as costas e retiro-te a roupa que restava. Subo para cima de ti e beijo-te o corpo todo...... E tu.... dormes. Agarro-te as nádegas enquanto te beijo os seios cheios que me enlouquecem. Mas tu....dormes....
Desço e brinco contigo, beijando, tocando, mordiscando e lambendo.
-Faz amor comigo.
Ao teu chamado eu respondo, já não pensando em mais nada. Entro dentro de ti e não mais somos gente, não mais somos animais, somos um. Somos algo que não existe noutro lado. Somos o todo e nada mais existe.

Acordo e é tarde. Acordo e é cedo. Olho para o lado e vejo-te a ti que dormes e tento não pensar nos sonhos que me fizeram acordar.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Concerto a Quatro Mãos

Parte I

A forma como ela se agarrava a ele mostrava como o frio da saudade dá lugar ao calor da união.

-Senti tanto a tua falta. - Dizia ela em voz alta enquanto o abraçava mais - Vamos para casa fazer amor que estou louca de desejo.

Calado e apenas sorrindo agarra nos sacos pesados e caminha para a porta.

-Raio de mala que perco sempre as chaves. - Ela abre a porta do prédio e enquanto caminha para o elevador a memória acorda.- A casa deve estar um gelo depois destes dias vazia.
-Provavelmente. Mas lá nos havemos de arranjar.

Abre a porta e estranha as luzes acesas.

-Será que a senhora deixou isto ligado desde quarta?
-Talvez não! - diz ele com ar maroto.

Ao abrir a porta da sala ela logo sente o calor que lá está e repara nos cobertores junto da lareira acesa.

Preparava-se para dizer algo quando ele a agarra e beija apaixonadamente. Empurra a sua lingua fundo para dentro da garganta. Enquanto a empurra para os cobertores.

-Deitada! - Ordena ele. Sr da Casa que ficou sem companheira estes dias.

Ela obedece com um sorriso nos lábios e ele vai até á lareira e pegando na tenaz agita o fogo enquanto coloca mais alguma lenha. Depois senta-se e serve generosamente um cálice de Porto que lhe entrega. Sem palavras pois nada é preciso dizer. Seguidamente retira-lhe um dos sapatos e massaja longamente o pé cansado. Terminada a operação, repete com o outro pé. O vinho está a acabar e ele serve mais, mas eis que um protesto se prepara para sair dos lábios dela. Um protesto que ele termina com um olhar apenas. Docemente, porque estas coisas não se fazem sempre, ela bebe obedecendo.
Levantando-se ele coloca um CD no leitor. lAMB certamente, que os quatro são numeros aterradores.
Volta para junto dela e deitando-se junto dela coloca finalmente um beijo nos seus lábios. Ela puxa-o para junto dela e beija com força. Dois corpos bem entrelaçados que se desejam.
Ficam assim por longos minutos saboreando os beijos...uns ternos, outros marotos, outros em que as linguas deslizam e mordem orelhas, trincam pescoços, sopram promessas.

Ela retira a roupa até ficar nua sobre o corpo dele ainda vestido. Trepa para cima dele e continuam os beijos... agora mais desejosos enquanto ele delicia os sentidos com a visão dela entregando o seu corpo, o seu cheiro o seu amor ao homem que lhe é tudo. Ele puxa-a para cima até ela ficar ajoelhada entre a sua cabeça. O seu sexo recentemente rapado na boca dele. Como ele lhe toca, o beija, o mordiscas e afaga percorrendo com a lingua todos os recantos. Sem que ela se aperceba ele retira parte da sua roupa. Apenas as calças e os boxers pois ela ainda se senta na cara dele entregue aos prazeres que lingua, lábios e mãos vão lançando pelo corpo dela.

-Mais, mais... Não pares não.

Mas ele para e puxa o corpo dela para baixo.

-Não!!! NNNÃÃÃOOO!!!!! Ai meu amor que bom que é.

O susto do orgasmo perdido rapidamente se afasta mal ela sente o pénis quente a entar dentro dela.
Parte II

Que sensação deliciosa, indiscritível! É um prazer que se transmite com o olhar, com um sorriso...
Que momento mágico me estás a proporcionar!

Ficamos assim, entrelaçados e unidos por longos minutos, que se arrastam e trazem a hora!
Tocamo-nos, olhamo-nos, saboreamo-nos suavemente, sem pressa. Estamos tão quentes..., e não é o fogo da lareira que nos ilumina e incendeia!, somos nós que ainda sentimos o frio da saudade.

Os nossos corpos ondulam, e o teu pénis acaricia-me com uma delicadeza estonteante.
- Que saudade meu amor!
Queres parar para acalmar a erupção, queres prolongar o momento de prazer e dádiva. Dou conta da tua intenção e isso faz-me ferver ainda mais!
Não quero que pares, estamos em fase, sinto o orgasmo a romper e quero sentir o teu!
Agarro com força as tuas ancas e forço-te a continuar...
Olhas para mim, os teus olhos ficam arredondados, as pupilas incham e soltas um forte suspiro...
- Linda...
Não precisas dizer mais nada.
Sinto uma onda que me invade e aquece por dentro. Os teus músculos enrigecem e cravo as unhas nos teus ombros... Os músculos do meu ventre parecem querer sair da pele, e rasgo-te a tua com um grito de prazer...
Cais sobre mim ofegante, quase sem ar. a minha respiração parece asmática... Estamos sem forças!

Beijas-me a covinha do ombro onde encostas a cabeça, levanto com esforço a minha mão e acaricio-te as costas...
Tapamos os corpos nus que começam a arrefecer e adormecemos enroscados, junto da lareira, com a música que nos embala...

quarta-feira, setembro 27, 2006

V2

(Depois de uma longa pausa aqui fica a segunda parte deste mini conto... vamos a ver se a terceira demora menos)

-Não existem palavras para te contar a história dos meus ultimos anos. Não existe forma de te explicar o que me aconteceu. Mas existem mais formas de comunicar o que se passou do que usando as secas palavras. Formas com o poder de te mostrar que o que tenho para te contar é mais real do que o sonho mais estranho.

Dou um passo em frente e tu recuas. Dou mais um passo e tu ficas entre mim e a parede. Estendo a mão para a tua face enquanto um grito se começa a soltar dos teus lábios para logo morrer ao meu toque.

As imagens que te passo da minha vida nestes anos são muitas e complexas. Muita dor e muita confusão. Perdoa meu amor mas não consegui organizar as coisas de outra forma.

Naquela noite em que uma criatura antiga colocou as suas garras nos meus ombros e os dentes no pescoço e se alimentou da seiva da minha vida. Desde esse dia tambem eu me tornei outro... Me tornei diferente.

-Os vampiros existem meu amor. Os vampiros existem e andam entre nós.

-Não pode ser! Que loucura é essa que estás a falar?

-Não é loucura! Eu acabei de te mostrar!

-Não! NÃO!! Sai daqui! Sai!

-Não faças isto! Eu nunca te menti meu amor! É o que eu sou! Sou vampiro, e se não acreditas em mim vou-te mostrar!

Abro a boca enquanto os dentes começam a crescer. Os olhos mudam do castanho para um raiado verde e amarelo.

-Não! - Gritas de horror.

Olho nos olhos e vejo o terror que te invade.

Controlo a transformação e volto ao meu ser normal. Não estás pronta para me ver como eu agora sou. Fico sentado no sofá minutos que parecem horas até que me perguntas.

-Mas... não é possivel. Isso... vampiros não existem....- ficas um pouco mais tempo a pensar e olhar para mim - Mas que loucura.... Estás mais forte e de ombros mais largos, mas tudo isso se pode mudar... Mas estás mais alto e isso não se altera assim.

-Naquela altura que estive em Itália... O grupo de trabalho foi passar um fim de semana num castelo nos alpes. Ficámos numa hospedaria que era um antigo castelo. O dono do castelo era um homem simpático e educado... Mal nós sabiamos oq ue nos esperava. Durante a noite eu e a Valkiria fomos atacados e presos nas catacumbas. Dai veio a ideia que tinhamos partido os dois. Estivemos presos durante 10 meses até que o nosso Sr depois de nos transformar nos deixou finalmente partir.

Contei depois tudo o que se tinha passado na minha vida. A incerteza do futuro, a vida escondido. O medo do Sol e de ser descoberto.... Até que descobri.... Se me fosse possível matar o meu criador poderia ficar com toda a sua fortuna. Desde esse dia que dediquei todo o meu tempo a ganhar forças para a batalha.

-Quando o ataquei quase morri logo no início. Mas o Jules, pois esse era o nome do monstro, era bastante arrugante e pensava que tinha ganho a peleja. Foi nessa altura que o ataquei com uma chuva de centenas de agulhas de prata. Foi trespassado por algumas e morreu. Nesse momento fiquei livre meu amor. Livre para poder voltar aqui para te ver.

-Mas pensas que isto é assim? Mesmo que nada disso tivesse acontecido achas que chegavas aqui e eu estava a tua espera?

-Sim. E eu sei que sim. Aquilo que nos uniu numa noite de fim de ano à 8 anos atrás não morre assim. Eu nada fiz este tempo todo do que desejar te voltar a ver.

-E porque não voltaste antes quando esse monstro te libertou?

-Porque não era realmente livre. Quando bebeu do meu sangue ele soube tudo sobre mim. Ele sabia o quanto eu te amava, e que tu eras a minha ligação com o mundo dos vivos. Se voltasse a Coimbra ele saberia e viria aqui para te matar.

-Mas..... Mas assumindo que eu até aceito tudo o que me dizes, e que me permito a abrir o coração depois deste tempo, que futuro esperas tu para nós?

-Quando estava a preparar a minha vingança descobri que sou um diurno. Se me deres o teu sangue, e eu te devolver a nossa mistura, temos uma probabilidade de tu tambem te tornares uma diurna e não uma vampira normal.

-Não... Não meu amor, não estou preparada! - fazes uma pausa enquanto olhas para mim - Porque sorris com o que te disse?

-Disseste "meu amor"

quinta-feira, setembro 07, 2006

Conforto

- Não temos sitio mais confortável? Este sofá é tão apertado.
- Temos sim meu tonto lindo.
- Onde borreguinha?
- Temos a nossa cama, que está no nosso quarto que fica á direita quando
se entra na nossa casa.

Pego em ti e levo-te para o nosso leito. Removo as as tuas roupas e cais na cama enquanto esperas por mim. Lentamente solto as minhas roupas enquanto me devoras com os olhos junto-me a ti e beijo-te. Abres as pernas para me receber e eu lentamente entro dentro de ti.

-Posso?

Pergunto enquanto te beijo os seios.

-Podes meu amor. Podes fazer tudo com o meu corpo.

Beijo os teus peitos e a covinha junto ao ombro enquanto repetidamente te penetro ou e outra e outra vez mais. Lentamente começo a sentir a tua respiração mais forte, os teus suspiros mais regulares. Agarro-te nas nádegas e coloco-me ainda mais dentro de ti. Por momentos desejo que
todo o meu ser entre dentro do teu e possamos ser mais do que uma união.... que possamos ser um só.

Olhas para mim intensamente e pedes-me que.... não, tu imploras-me que não pare o movimento, a cadência. Claro que não paro. Continuo a fazer dos nossos corpos um.

Estamos no ponto. Os orgasmos a crescer dentro e fora de nós,quanto mais um deseja e dá ao outro mais recebe em troca. Crescemos sem parar até que explodimos em conjunto e continuamos a explodir em doses mais pequenas por tanto tempo.

-Adoro quando me agarras nas nádegas...... Foi tão bom..... Mas hoje quero ainda mais....

domingo, junho 25, 2006

Nova cama

A nova casa está ainda tão nua. Nas paredes faltam os quadros e as fotos, os móveis ainda não chegaram, e espalhadas pelo chão estão caixas de cartão cheias de livros e pequenos nadas que fazem a vida.
A cozinha já tem fogão e frigorífico e o esquentador tem água e gaz, já se pode tomar um banho, mas ainda não chegou a mesa e as cadeiras. Mas o quarto está tão lindo. As paredes estão brancas, excepto a da cabeceira da cama. Essa está um Pink Passion da Agatha Ruiz de la Prada... Que maluqueira! Passámos uns bocados giros a pintar aquilo. Ficou um bocado mal apesar das 3 passagens de tinta. Mas da próxima vez que fizermos vai sair bem melhor.
A cama, essa chegou hoje. Cama ao estilo antigo em ferro pintado de verde escuro, com um jarro de flores douradas na cabeceira. É giro que encontremos coisas que poucas pessoas apreciam mas que gostamos e apreciamos os dois.

É tarde já. Deviamos ir dormir. Mas a vontade de experimentar e brincar é tão grande. Despimos a roupa e sentimos o frio.

-Está frio da casa estar desabitada.

Aceno com a cabeça enquanto me enfio debaixo dos lençois. Tu entras quase de seguida e enroscas o teu doce corpo no meu. Toco nas tuas costas e começo a precionar aquele ponto que tu gostas... Sabes aqueles tendões que parece que circulam as homoplatas? Como te derretes ao sentir a tensão se libertar do corpo. Colocas os lábios nos meus e páras muito quietinha. Eu continuo a tocar e massagar as tuas costas até que adormeço também...

A nossa primeira noite na casa nova com a nova cama.

domingo, maio 28, 2006

Calor

[A continuação do V1 está a ser feita mas ainda não está terminada. É esperar mais um pouco]

Está tanto calor. Vens a caminho. Deves estar quase a chegar depois destes dias em que estivemos separados. Meu amor como sinto a tua falta. Meu doce da manhã como sinto a necessidade de te apertar contra mim a aumentar. Quando chegares quero te abraçar.... Quero te despir e fazer amor contigo no tapete do hall, não quero mais esperar.

Mas vamos ter de esperar. Vai estar tanta gente por aqui em volta que vamos ter de nos comportar e ser gente "decente". Mas eu sei e tu sabes que estamos loucos por nos juntarmos e fazermos loucuras.

As coisas que sentimos enquanto desfrutamos dos nossos corpos são tão boas. Como uma refeição especial que termina com um doce exótico, o estarmos juntos tem a entrada, o prato principal e a sobremesa dos olhares e carinhos.

Desejo-nos

domingo, abril 23, 2006

V1

Andava afastado desta cidade. Afastado deste país. Seis anos afastado sem me aproximar.
Desaparecido dos mapas dos homens desde aquela viagem pelos alpes. Desaparecido desde aquela noite....

Mas agora sentia a força para voltar à minha terra.

"Nunca mais terás casa tua! Nem terra a que possas chamar mãe."

A voz de Jules não me saia da memória.... Nada nunca mais me sairá da memória.

Paro o carro e avanço para o café. Será que vou ver alguém conhecido? Estou diferente. Fisicamente mais forte, o cabelo comprido mas os 7 ou 8 cm's extra de altura alteram tudo.

Entre as caras que vejo não reconheço ninguém. Procuro o perfume que aqui me chamou. Ela esteve aqui mas já se foi embora. Sento-me e bebo um café. Alguém lá fora olha para mim. Fecho os olhos e inspiro com força enquanto os lábios se levantam num pequeno sorriso.
É o meu velho amigos Miguel... Neste café a probabilidade de o encontrar seria sempre grande.

Avança para mim a medo entre as cadeiras. Não olho para cima até estar a dois passos de mim. Nesse momento levanto-me e olho para ele de cima para baixo. Ele para e olha com olhar estranho para mim. Fico parado a olhar para ele.

"Sim sou eu Miguel... Sou eu e não sou eu..." - Sopro eu para os seus ouvidos enquanto me afasto.

Volto para o meu carro deixando o pobre Miguel parado no café. Talvez um dia destes lhe vá fazer uma visita..... Mas hoje não estou aqui por causa dele.

Pego no carro e arranco de janelas abertas. Preciso de apanhar o teu rasto.

Sigo para os arcos, desço os combatentes, S.José e entro no Norton de Matos. Está cada vez mais forte a tua presença. Paro o carro numa das pracetas e sigo a pé. Estou em frente de uma casa amarela quando paro e me aproximo da porta. É aqui. No primeiro andar uma varanda com a persiana semi-corrida deixa passar alguma luz. Dou alguns passos para trás e tomando balanço salto. A sensação de planar é algo que nunca me vou fartar de sentir.

Espreito pelas frinchas e lá estás tu sentada na cama a ler um livro.... A vontade de levantar a persiana e entrar é grande, mas a regra não o permite. Salto para baixo e toco á campainha.

Pelo oculo uma pequena luz sai para logo desaparecer, estás a espreitar para ver quem é o visitante tardio.

-Quem é? - Ouço através da porta.
-Sou eu sim, os teus olhos não te enganam. Não me convidas para entrar?
-Desculpe, mas quem é o senhor e o que deseja?
-Sou eu "someone". Sou eu que se perdeu e agora voltou.

A porta abre mantendo a corrente. A tua face aparece e espreitando pela nesga vejo os teus olhos zangados numa cara triste.

-Mas que estás tu aqui a fazer? Tu por acaso imaginas o que fizeste? Tens a minima consciência? Depois deste tempo todo... - Não te deixo terminar e refaço o meu convite.
-Não me queres convidar a entrar para conversarmos com calma?

Olhas fundo nos meus olhos e encostando a porta soltas a corrente e abres a passagem. Ao passar por ti consigo cheirar a surpresa que sentes em relação á minha altura, mas que o teu cerebro não sabe processar.
Estou cá dentro. Seria tão fácil chamar as tuas memórias e colocar a minha presença no teu coração.... Mas não esperei estes anos para tal coisa. Se estou aqui é para te contar um conto meu e te pedir para.....

sábado, abril 01, 2006

Mar

Estava um dia de sol lindo. Tudo parecia estar pronto para irmos ao nosso passeio até a beira mar. Abril ainda é muito frio para pensar em fatos de banho e toalhas.

Mas eu não queria sair de casa... Para ser mais preciso eu nem queria sair da cama. As recordações da noite anterior junto com o acordar estavam demasiado vivas e demasiado embutidas na pele para que a mais pequena restia de vontade de sair se esfumasse.

Encostei-me a ti e adormeci mais um pouco.

Quando voltei a acordar estavas ausente do nosso leito. Levanto-me e ouço a água a correr no chuveiro. Abro a porta e espreito através da cortina. Reparas em mim e tentas-te esconder, não gostas de ser observada. Entro no duche para junto de ti. Pego numa esponja e coloco um pouco de gel e começo a passar com suavidade nas tuas costas. Percorro todo a extensão do teu corpo enquanto colo os lábios nos teus ombros.
Quando termino retiras a esponja das minhas mãos e repetes o acto em mim..... Sabe bem ser mimado.

Saimos do banho e depois de nos secarmos enquanto nos devoramos com olhares quentes. Vamos para o quarto e faço te sentir o meu desejo de amor. Mas tu não estás disponível. A noite passada foi demasiado violenta para os nossos pobres corpos.

Vestimos as roupas e rindo de uma qualquer piada descemos para o carro. Ofereces as chaves do carro e avançamos para a Figueira.

[Continuação??? Tu continuas... Ou contas como foi o Domingo :) ]

sábado, fevereiro 25, 2006

Acordares

[Nota prévia: Este conto que se segue é a continuação de um outro que eu não escrevi mas que me chegou ás mãos. Se a autora da primeira parte assim o desejar é mais do que bem vinda a aqui colocar o início. ]

.... Lentamente começas a abrir os olhos, será que te acordei com as minhas festas? Espero bem que não tenha sido o caso.
-Olá linda....
Olhas para mim com um olhar terno mas não respondes. Eu digo-te para continuares a dormir enquanto passo os dedos pelas palpebras e te fecho os olhos. Agarras-te com mais força, respiras fundo e fico a sentir que vais acordar. Mas passados uns minutos sinto que dormes o ultimo sono de uma noite de calor, paixão e um amor lindo. És tão linda.
Sem que me sintas afastar saio da cama e vou á cozinha dar os bons dias aos nossos meninos.

-Olá lindos. Vamos fazer o pequeno almoço para a dona?

Lavo e corto uma porção de laranjas e com a ajuda do espremedor transformo aquele fruto estranho em dois copos de sumo. Umas fatias de bacon cortadas em fatias finas, 3 ovos, tudo bem juntinho na sertã e bem remisturado, acarinhado e mexido. Coloco umas fatias de pão num prato e tudo num tabuleiro e volto para a cama.
Dormes ainda no leito do nosso amor quando me sento com o tabuleiro. Penso em te acordar mas resolvo não te incomodar nos teus sonhos que podem ser melhores do que a realidade.... como se tal fosse possível.
Acabo de comer enquanto te observo. Como és bela. Como estás em paz e te entregas ao sonho doce da troca. Coloco o tabuleiro na mesa de cabeceira e fechando a porta atrás de mim vou fazer um café e fumar um cigarro.
Lá fora o dia está frio e escuro. Quero voltar para o quarto mas estou demasiado desperto, por isso resolvo ir aquecer a casa de banho e preparar-me para começar o dia. Abro a água e espero que fique quente e dispo a pouca roupa que ainda tinha e sinto o cheiro do nosso amor que ainda se apega ao meu corpo. Entro na água e fecho os olhos enquanto sinto a água que acaricia o meu corpo como se fossem milhares de pequenos dedos.
Onde andará o meu amor? Está no quarto deitada eu sei, mas com o que estará a sonhar? Em jeito de resposta sinto a cortina a abanar e um corpo a se encostar ao meu.

-Olá lindo. Obrigado pela paparoca, sabe tão bem acordar e beber um suminho e comer algo que me fazes.

Viro-me para ti. Coloco os meus lábios nos teus, agarro o teu traseiro e comprimo a tua pélvis contra o meu sexo.

-Ó lindo....- A frase morre nos teus lábios porque eles apenas querem os meus.
Afagas o meu sexo e afastando as pernas preparas-te para me colocar dentro de ti... Tens os olhos fechados mas quando entro dentro de ti abres muito os olhos, soltas um pequeno grito e beijas-me com força.
Movimentamos as ancas com violência. Parece que a noite que acabámos de passar não foi suficiente para saciar a nossa fome. Será por ventura possível alguma vez saciar o desejo do amor?

[To be continued]

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Corpo teu

Tens de ser paciente. Tens de saber esperar.
Pego em algumas toalhas e coloco sobre o aquecedor a óleo para as ir aquecendo. Ligo duas velas que coloco em locais estratégicos do quarto por forma a que se possa ver tudo bem e no entanto todo o espaço fique coberto de sombras.
Pego no pequeno frasco e coloco junto do aquecedor para que o conteudo vá também ganhando temperatura.
Vou ter contigo á sala e vejo a paixão e o desejo a arder-te nos olhos.

- Então que é isto? Que andas tu a fazer no meu quarto que eu nem posso ver?
Apenas sorrio a esta provocação e coloco um cd a tocar.
- Já vais ver... Tem calma.

Sirvo mais um cálice de Numantinu nos dois cálices em cima da mesa. E coloco um nas tuas mãos e faço menção de brindar.

- Parece que hoje me queres com os copos.
- Bebe linda. Deixa que a fada de abraçe e te leve para outras paragens.
- Não quero ir para outras paragens quero estar aqui contigo.
- Confia em mim.

Levas o cálice ao meu e encostas aos teus lábios e bebes um bom golo. Baixas o cálice e passeias levemente a lingua pelos lábios. Não resisto a um convite tão sedutor. Aproximo-me mais, coloco a mão na tua face e deixo escorregar para a nuca. Puxo a tua boca para minha e inspiro fundo para sentir o teu perfume no instante exactamente antes de te beijar.

Afasto-me a custo. Calma..... calma.......... hoje é para ser diferente. Hoje é para ser um jogo de sentidos em que as coisas correm a um ritmo mais lento.
Com o teu corpo encostado ao meu danço um pouco contigo. Adoramos dançar eu e tu. O embalar do corpo e alma.

- Está tudo pronto? Quero ir ver.
- Falta uma pequena coisa. - Pego na tua mão e rodando o teu corpo coloco-te de costas para mim. Retiro do bolso das calças uma faixa de veludo negro e coloco-a sobre os teus olhos.
- O que é isto? - Protestas e dizes que não.
- Fica quieta linda. Faz tudo parte da nossa noite.

Levo-te para o quarto e passeio as mãos pelo teu corpo, afago os teus seios e levanto as pontas das camisolas. Tiro camisola a camisola tendo o cuidado de não te libertar da venda. Solto a saia e deixo-a cair no chão.

- Estou quase nua.

Não te respondo. Aproximo a boca do pescoço e desço com calma até soltar o soutien. Continuo a descer até te retirar as cuecas e as meias..... Protestas... Não queres estar nua e com os olhos vendados.

- Tem calma meu amor.....

Para que acalmes um pouco canto uns versos.

Sou uma espécie de vampiro
E quando sobre ti me atiro
É para saborear um pouco do teu sangue
Só para beber gota a gota o teu sangue

Talvez tentar te acalmar com estas palavras tenha sido má ideia. Sinto que estás tão quente. Deito-te sobre a cama e coloco as toalhas quentes sobre o teu corpo. Sabe bem não sabe? Afasto-me de ti e deixo que te acalmes um pouco. Pego no frasco e subo para cima da cama. Sento-me sobre o teu rabiosque com uma perna para cada lado.

- Hmmm assim está melhor. Adoro sentir o teu corpo assim NU e colado ao meu.

Pedes e repedes para retirar a venda. Eu respondo que não... Que se o fizeres terei de te atar completamente. Abro o frasco e coloco um pouco nas mãos e começo a espalhar o óleo pelas tuas costas. Vou subindo bem devagar. Como gostas de ser mimada..... Espalho e trato de massajar. Coloco um pouco mais nas mãos e continuo a espalhar por todo o corpo a que tenho acesso sem ter de te virar. Não resisto mais e deito o meu peito sobre as tuas costas e simulo que estou a fazer amor contigo.

- Ó linda.... Estou tão quente.
- Isso é bom de ouvir, é bom de saber.... E maravilhoso de sentir.

Levanto-me e vou mais para baixo para te massajar as ancas mas tu agarras-me a mão e puxas para ti.......

sábado, janeiro 21, 2006

Turista acidental

Estou sentado no sofá. Tenho um gato no colo que se rebola aos meus mimos e que ronrona do carinho que está a receber.

- Porque estás zangado comigo?
- Não estou zangado contigo borreguinha. Estou zangado comigo. Estou perdido numa terra onde sou estranho, mas aonde estou apenas porque escolhi aqui estar.
- E isso é razão para ficares zangado?
- Um estranho numa terra que não a sua. Se faz asneiras arrisca ser deportado.
- Ninguêm te vai deportar.

Com estas palavras decides terminar a conversa. Aproximas-te de mim, afastas com carinho o gato que se mantinha aninhado no meu colo, afastas as minhas pernas e colocas o teu corpo junto ao meu. Olhando fundo nos meus olhos plantas um beijo nos meus lábios e encostas ainda mais os teus amplos seios de encontro ao meu peito. Gosto de ficar assim bem apoiado, gosto de ficar com os braços e mãos livres para deambolar pelo teu corpo. Vou afangando as tuas costas e subindo subindo.

- Não... Nãaoooo. - Protestas quando solto os colchetes

É maravilhoso poder passear as mãos pelas tuas costas sem se me sentir interrompido pelo soutien. A forma como a respiração fica mais quente e ofegante na minha boca mostra que algo de bom está a atravessar esse teu corpo e alma.

Deixo a boca escorregar ao longo do pescoço até chegar aquela covinha onde não sabemos bem se ainda estamos no pescoço ou a chegar ao ombro. Começo por colocar um beijo leve e sinto a tua boca na minha orelha. Que maravilha borreguinha. Deixo as mãos descer e agarro o teu traseiro e vou massagando e deixando escorregar.

- Agora está presa.... Dai já não sai.
- Até parece que tens um traseiro gigante. Tens um corpo tão lindo. Sonho com o dia em que te deixares convencer disso.
- És um querido.

Vou tirando a tua roupa e a minha até ficarmos em tronco nu.

- Queres fazer amor comigo linda?

Olhas para mim com fogo nos olhos, levantas o teu corpo do sofá e poso ver aqueles teus seios grandes e lindos....

- Nunca me canço de ver os teus seios, são os peitos mais bonitos que alguma vez vi.

Agarras no meu cinto e retiras as minhas calças. Agarras na minha mão e levas-me para o quarto onde duas velas já iluminam o ambiente.
Empurras-me para a cama e..............

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Desafio:
Continua tu agora este pecado e mostra o quão delicioso ele é.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Fazia Sol no Sonho

Mascara
Fazia Sol quando peguei no carro. Estava quente. Hora imprópria para viagens. Ligo o motor e o ar condicionado. Coloco a mochila na mala e arrumo com cuidado o saco do portátil. A caixa de cd's de música fica no porta luvas.

Vou uns minutos para a sombra e revejo mentalmente o trajecto IP3...IP5 e depois umas quantas nacionais. Já fiz várias vezes o caminho para aquelas bandas. Mas desta vez parecia que tinha medo de me perder e ir acabar no alentejo ou algo do género.

- Borreguinha, será boa ideia aparecer assim em tua casa? O que irá a tua família pensar.
- Que és um amigo meu que me veio visitar.
- Mas eu tenho família ai perto, não faz sentido ficar em tua casa. Eles vão achar isso, e a minha família também se souber que ai estou.... E eu não sei como me comportar....
- Sim tu és um bocado bronco e matarruano, não te sabes comportar numa casa fina. - Sinto o riso nos teus lábios..
- Borrega... Ok estou ai amanha depois do almoço pois de manhã tenho de ir tratar de umas coisas.
- Beijo grande. Faz boa viagem manda toque quando saires e qd estiveres a chegar para te ir buscar.
- Outro. Dorme bem linda.

A decisão do dia anterior continuava a pesar na cabeça. Seria boa ideia levar isto neste sentido? Seria capaz de a ver naquela situação?

Pego no carro, coloco a tocar algo que me ajude a desligar o pensamento. Devo estar mesmo louco. Mas a ideia de juntar mais uma semana de separação a esta que tinha passado foi demais para me controlar. Nem a ideia de não lhe poder tocar, não a poder beijar quando nos fosse apetecer.

Desligo o cérebro e sigo a estrada. Mais um kilómetro de viagem... Menos um de distância.

Os olhos mágicos que nos ultimos meses me tinha acostumado e ver diáriamente já se tinham ido embora faz tempo. Os olhos que eu via quando fechava os meus e me chamavam para junto de si.

CUIDADO!!!!
Adormecer embalado em sonhos ao volante é má ideia. Ponho a musica mais alto e coloco os pensamentos na estrada. Mais um kilómetro de viagem... Menos um de distância.

Quando chego a ********* na praça da vila lá está ela.

- Estás bem? - É a primeira coisa que me diz mal chego.
- Nervoso.... e desidratado.
- Vamos beber algo ao café.

No café o primeiro choque. Sentado numa mesa com um grupo de amigos está ele. Ela chega junto do grupo, cumprimenta os presentes e apresenta-me ao grupo:

- Este é o ******* um amigo meu. Estes são o ***, a ****, o ***** e o ****** tu já conheces.

Estendo a todos a mão e vou dizendo "-Prazer." ao chegar ao último a reacção fria e de imobilidade informa os presentes sobre quem aqui está.

Sentamo-nos e pedimos. Um ice-tea e uma tulipa. Tento acompanhar a conversa, fazer com que a pessoa que aqui me trás se sinta minimamente feliz. Mas só consigo pensar nos olhos que olham do outro lado da mesa.
Estou estafado. Fecho os olhos e na minha mente a imagem da sua boca sorridente acalma a minha ansiedade. Volto a abrir, respiro fundo e sigo em frente.

O 10º Mandamento

"Não cobiçarás a casa, a mulher, nem o servo, nem a serva, nem o boi, nem o jumento, nem cousa alguma que pertença ao teu próximo."

Pequei Senhor. Em actos e pensamentos pequei. Perdoa-me Senhor mas voltaria a pecar. Não estou arrependido do que fiz e por isso não poderei alcançar a Tua paz.

Pequei Senhor. Vi a mulher do próximo e a desejei para minha. Fui em busca dela e a tentei roubar do meu próximo.

Pequei Senhor e comigo pecou outra pessoa.

"Não adulterarás."

Pecámos juntos e o pecado foi doce Senhor. Agora sofremos juntos pois não desejamos o Teu perdão. Somos pecadores mas não nos arrependemos do nosso pecado.

Espero que nos Possas perdoar um dia, mesmo sabendo que estes pecados que cometemos juntos os voltariamos a repetir. Espero que não Tenhas vergonha desta Tua pobre imagem que em nós vive.

Quando suprasTe a Tua imagem nos nossos corpos perdeu-se a santidade.

O castigo do meu crime é a paixão e o amor. Poupa por favor Senhor as outras pessoas do mesmo castigo.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Pecados Mortais

Then he had thought about what his position actually was and the renewed shock had nearly made him spill his drink. He drained it quickly before anything serious happened to it. He then had another quick one to follow the first one down and check that it was all right.

''Freedom,'' he said aloud.

Trillian came on to the bridge at that point and said several enthusiastic things on the subject of freedom.

''I can't cope with it,'' he said darkly, and sent a third drink down to see why the second hadn't yet reported on the condition of the first. He looked uncertainly at both of her and preferred the one on the right.

He poured a drink down his other throat with the plan that it would head the previous one off at the pass, join forces with it, and together they would get the second to pull itself together. Then all three would go off in search of the first, give it a good talking to and maybe a bit of a sing as well.

He felt uncertain as to whether the fourth drink had understood all that, so he sent down a fifth to explain the plan more fully and a sixth for moral support.

''You're drinking too much,'' said Trillian.

His heads collided trying to sort out the four of her he could now see into a whole position. He gave up and looked at the navigation screen and was astonished to see a quite phenomenal number of stars.

''Excitement and adventure and really wild things,'' he muttered.



Em algumas culturas o consumo de bebidas alcoolicas é um pecado mortal. Na nossa galáxia segundo o Sr. Douglas Adams o consumo de alcool é algo de estrondoso. Na nossa cultura o consumo é permitido, encorajado, e incentivado.

E esquecer pecados bebendo? Curar um pecado com outro pecado... "I can't cope with it" pobre Beeblebrox como te entendo. Mas não vou seguir o teu caminho. Eu sei o que eu quero. E sim, vou curar um pecado com muitos outros pecados. Mas pecados que não me deixam desistir.

Queres pecar comigo? Queres aqui estar comigo?

sábado, janeiro 14, 2006

Acordar

Acordo repentinamente. Onde estou? Esta não é a minha cama. Esta não é a minha almofada. Está alguêm aqui comigo, consigo sentir o calor. Num momento e apesar de o quarto continuar escuro tudo fica claro.

Já deve ser muito tarde (ou muito cedo). Encosto a almofada ao fundo da cama e sento-me enquanto os olhos se acostumam á escuridão. Afinal não está assim tão escuro. Alguma luz entra pelas persianas, e as luzes verdes do despertador.

Ela dorme ao meu lado de cara voltada para mim. Paz. É a cara da paz. Escorrego para baixo e coloco um beijo naqueles lábios doces. Ela acorda e olha para mim e sorri.

- Olá borreguinho.
- Olá borreguinha.... São horas de me ir embora não são?

Ela agarra o meu braço.

- Esta cama é a tua.... Enquanto ambos quisermos esta cama é a tua.

Volta a fechar os olhos e adormece. Acho que não deve ter chegado a sair do sono, amanhã até se irá perguntar se isto aconteceu ou foi um sonho.

Fecho os olhos, chego-me mais junto e entrelaço as pernas nas suas. O calor dos dois assim é intoxicante. Adormeço e volto a sonhar.... a sonhar o sonho que me espera ao acordar.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Aquela tarde

Procurava motivo para não pegar numa montanha de papéis quando o telefone tocou. Era alguêm que eu já não esperava ouvir. Pelo menos não tão cedo.

"Não me devias ter beijado. O que sinto por ti não é isso. Devias ter sentido isso bem cedo."

Tinham sido estas as últimas palavras dela na semana anterior. Depois delas um silêncio em todas as frentes.

- Olá! Tudo bem contigo? - Disse eu tentando parecer casual.
- Olá... Sim está tudo bem...........
O silêncio dela significava que não.
- Então? E queres falar sobre estar bem?
- ........ Sim.... Não..... Que confusão... Podes vir a minha casa?
- Agora? Assim repentinamente?
- Sim... Agora.
- ....Ok estou aí em 20 minutos.

Entro no apartamento e mal tenho tempo para dizer olá pois já fui agarrado e tenho os seus lábios nos meus. Respondo ao bejo, sentindo o mesmo fogo que da outra vez. Mas apesar do fogo ser o mesmo agora está tão diferente. Como se as amarras que travavam o abraçar da sensação tivessem sido removidas. Ao fim de uns minutos separas-se de mim e virando costas ruma para o sofá. Antes de o alcançar pára. Apesar de nunca deixar de estar de costas voltadas para mim consigo ouvir as lágrimas a sair daqueles olhos sempre lindos e a cairem no chão.

- Então linda? Que se passa?
- .... Tu sabes bem o que se passa? Eu não posso fazer isto!
- Se podes ou não só eu e tu sabemos e podemos dizer.... Mais ninguêm. Quanto a querer.... acho que é claro que ambos queremos.
- Eu não posso querer!

Continua de costas voltadas para mim. As lágrimas tornaram-se em choro convulsivo. Aproximo-me dela e coloco as mãos nos ombros. Sinto que ela vai continuar a fugir de mim e seguro com firmeza. Passo para a frente dela e levanto a face para os meus olhos. Com as pontas dos dedos limpo as lágrimas que ainda correm. Sou culpado daquelas lágrimas mas sinto que devo sorrir. Não existe nenhum prazer perverso, nem nenhum pecado obscuro que me façam sorrir quando uma mulher de quem gosto chora por minha causa; apenas sinto que lhe devo transmitir alguma força.

- Ei!!! Que é isto linda? Até parece que o mundo está para acabar. Já soubeste dar a volta por cima a coisas bem mais complicadas e aborrecidas e agora isto?

Sento-a no sofá e vou até a cozinha. Coloco água e ligo a chaleira eléctrica. Procuro nos armários até encontrar tudo o que preciso. Duas chávenas, um bule, um saco de chá, duas colheres e o pote do açucar. Coloco tudo numa bandeja e levo para a sala.

- És um querido.... Por seres um querido é que eu estou assim!

Não digo nada. Sirvo o chá. Bebo com calma o meu enquanto olhamos nos olhos um do outro. O silêncio não nos assusta.... Que mais quererá ela.

Levanto-me e ligo a aparelhagem e enquanto procuro o CD sinto os olhos dela a percorrer as minhas formas e acções.


Descubrimos vos y yo
en el triste carnaval
una musica brutal
melodias de dolor

Despertamos vos y yo
y en el lento divagar
una musica brutal
encendio nuestra pasion

Dame tu calor,
bebete mi amor


Pego-lhe na mão e levanto a de encontro a mim.

- Não!!!
- Uma dança..... O que é uma dança?

A sua forma de dançar.... Eu sou um aprendiz nas suas mãos. Um Tango invertido, mas continuando a ser a forma de dança mais sensual. Mais do que a forma como os corpos se agarram é a forma como eles passam um no outro. Os olhares trocados. Aqueles olhos que me chamam e me dizem para sair. Todo o meu desejo é que ela não chore. Só a quero ver feliz.

- Beija-me!
- Não chores..... Por favor não chores.
- Eu não volto a chorar por isto.

O duelo das almas. A forma como entregues aos seus pecados aqueles dois se tocam nos lábios. Nas mãos, nos lóbulos. Ela saberia? Mordiscando os lóbulos, trincando, percorrendo o contorno com a lingua. Não aguento mais!

Agarro na base da sua camisola preta e levanto. Não resisti... Quero-a para mim.

Canto-lhe duas estrofes.
- Vem.... vem que o amor não é o tempo. Nem é o tempo que o faz.
- Vem que o amor é o momento eu que eu me dou....

O sangue corre nas veias rápido e quente. Ela controla a música. Caiu no sofá. Perco as sapatilhas. Perco as camisolas. Perco as calças. As suas mãos não se perdem por ai. Solta as suas calças. Solta o cabelo. Solta o seu corpo da prisão das roupas e junta-se a mim no sofá.

- Ó linda, aonde estamos a ir?
- A onde nos levar o pensamento.

Deito-me e coloco o seu corpo sobre o meu. Beijo os seus lábios e deixo as mãos passear naquele corpo de pecado.

- Tem cuidado rapariga.....
- Porquê?
- Posso perder completamente o controlo....
- Ainda bem.... Eu já perdi o meu......

Solto as molas que prendem aquele pedaço de pano. São lindos os peitos que me esperam escondidos. Toco ao de leve na aréola e passo a lingua na ponta do mamilo... Repentinamente o seu corpo arqueia para trás e consigo ver que os mamilos se tornam erectos e ainda mais convidativos.
Continuamos a brincar pedindo cada vez mais do corpo do outro.
Somos amantes em transe. Afasta os meu boxers para longe e coloca-me dentro de si. Os olhos ficam fechados.... Ou será que estão abertos? Não sei dizer pois os meus ficam serrados e sou invadido por uma aura que não é minha. Sinto uma lingua a pedir entrada nos meus lábios. Abro a boca e troca a minha lingua com a dela. Abro os olhos e vejo que me está a observar. Sorriu ao que ela responde com um sorriso e mais um pequeno beijo.

........

Adormeçemos nos braços um do outro. Acordo algum tempo depois, lá fora já é noite e um cobertor apareceu para nos aconchegar. A tarde terminou mas nos vamos ali continuar...

sábado, janeiro 07, 2006

One night long ago

Vi noutro dia um post que falava sobre pessoas que conheçemos, com as quais passamos meia duzia de horas mas que nos marcam para toda a vida.

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Estavamos ainda na fase de montar as tralhas para a festa quando ela chegou. Olhar forte e brilhante, uma cara forte mas simpática e um cabelo escorrido preto.

Durante o resto da noite fiquei a saber que se chamava /%$!" e todos aqueles detalhes que parece que fazem o nosso BI social, de onde vinha, o que fazia, uma idade aproximada (que isto de perguntar idades a uma menina/senhora continua a ser proibido) e mais alguns detalhes.
A festa corria bastante bem... ainda não seriam dez da noite e já todos tinham uma dose de alcool no sangue superior ao permitido por lei... Estavamos os dois a cortar na casaca do resto do pessoal quando chegamos a uma outra rapariga:

- Por acaso a ............. é bem gira, depois do que o ................... tinha dito eu pensava que ia sair alguma baleia.
- O que disse o .............. dela? Eu gosto muito dela!
- Ela é bem gira! Pelo que o ........ dizia eu pensava que além de uns peitos bonitos a rapariga não teria nada! Ela deve ter ai um tamanho 36 e devem ser bonitos.
- Eu tenho um peito tamanho 36.

Aqui instintivamente uma pessoa iria olhar para os peitos da interlocutora, mas as regras sociais não permitem estas coisas... Mas qd ja se bebeu uns copos acima da conta.
- ........... ! Isso não se faz!!
- O linda desculpa. Mas.... tipo..... foi como se falasses do relógio ou de qualquer outra coisa. Foi instintivo.... Desculpa.

Um sorriso disse que estava perdoado e a noite continuou.

Fomos para os bares junto da marginal... Começou a chover.... Ela tentava tapar o cabelo e fica com uma cara triste...

- Deu tanto trabalho esticar o cabelo, agora vai encaracolar outra vez.

Alguns minutos depois eu pego no queixo dela. E olhando nos olhos:

- Um dia destes vais-me explicar porque raio achas que precisas do cabelo esticado para ficar bonita.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Ideias toscas

Começava a ficar tarde. A ideia de aparecer à porta dela sem avisar e sem dizer nada começava a me parecer um pouco mal concebida.
Estava a começar a pensar que mandar um sms poderia ser uma boa ideia quando uma luz se acendeu no andar certo. Seria a casa dela? Seria outro apartamento? Será que ela ainda ali morava?
Momentos depois outra luz se acende. Janela acesa, janela apagada, janela encarnada. Era a casa certa.

Saio do carro. Avanço para porta do prédio e toco no botão. Espero uns momentos e nada acontece. Volto a tocar. A porta abre. Avanço a medo para a frente. Chamo o elevador. O coração bate que nem um louco enquanto vou subindo subindo.

Quando chego ao sexto andar a porta C já está aberta. Era ela que estava á porta de braços cruzados e olhar espantado.

- Por aqui? Que fazes tu nesta cidade coimbrinha?
- Olá "#$%&. Estou aqui para ...... Não me convidas para entrar?
- Entra, entra.

Sentados no sofá, uma cerveja na mão.
- Então rapaz que te deu para aparecer assim?
- Cheguei hoje de manhã de &(/%&".
A cara estranha que fazes coloca-me em sentido.
- Pois, tu não sabes. Eu estive os ultimos meses em &(/%&" a estagiar. Tenho agora a defesa dentro de uns dois ou três dias e depois acabou o curso.
- Pois, eu nao sei mesmo nada de ti.
- Desde que naquele fim de ano não nos vimos resolvi fechar o coração e as formas de contacto. Acabou o msn, o skype e os blogs.
- Pois, eu senti que me querias fora da tua vida.
- Foi um ano e meio complicadotes. O curso e o estágio lá fora.
- E nada de namoros?
- Nada. O coração ficou pelos bares de Lisboa por isso. E tu? Que tal anda isso?
- Mais ou menos.... Nada no coração..... Estou a trabalhar numa empresa de consultoria. Abandonei a psicologia infantil e ando pelos recursos humanos.
- Hehe, tive então uma colega tua a me testar hoje na &/%/&$, começo a trabalhar lá daqui a três semanas.
- O coimbrinha em Lisboa?
- Nunca te consegui fazer sair de Lisboa por isso vim para cá ter contigo!
- ........ Pensas que é assim? Um ano e tal sem me falares. Sem me responderes aos mails nem atender o telefone.
- Eu nunca te esqueci.
- ....... Mas eu....... Sai daqui $!"/!%= !

Os olhos dela estão tristes! Sem saber o que dizer acabo por me levantar. Vou lentamente para a porta e sem olhar para mim diz-me adeus.
Volto para trás e agarro-a pelos ombros. Sinto-a fraca.... Puxo-a para mim e não a largando abraço com mais força ao a sentir empurrar.

- Não $!"/!%= ! Eu não quero isto!
- Que isto? Não existe isto! Existiu um passado em que estivemos separados. Estou aqui e vou aqui estar. Vai ser diferente..... Vai ser melhor!
- Não acredito......
- Claro que acreditas.

O beijo que trocamos foi como uma barragem que rebentava nas chuvadas de inverno. Tudo o que tinhamos sentido naquele ano e meio separados veio em torrente. Em minutos/segundos/horas estamos naquela cama só nossa. Naquele quarto só nosso. A partilhar aquilo que é só nosso e que damos um ao outro.

Existem fantasias que podemos escrever. Desejos que podemos colocar em "papel". Existem tentações e pecados que podemos imaginar como os melhores do mundo. Mas os momentos que eu partilho com ela são mesmo do outro mundo. São a coisa melhor que se pode sentir.

A forma como quando sentada na minha cara, agarrada aos varões da cama se desliga do mundo e me entrega o cuidado com o seu corpo: "Estou em casa. Estou aqui. Estou contigo. Cuida de mim."

A forma como depois qual serpente chama o meu corpo á vida. Insaciável desejo de partilha e de amor. Quer sempre mais. Quer sempre a minha presença.

terça-feira, novembro 22, 2005

Mordeduras

Dejelill und Lagerman - Gjallarhorn

Não sabia qual o pecado que deveria continuar hoje. Estou um pouco mal disposto, por isso penso que os dois pecados que ficaram pendurados nas almofadas vão ter de ficar adiados por tempo indeterminado.

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Estou de olhos fechados. Estou ali e não estou. Pela cabeça passam mil e um pensamentos. Como foi que aqui viemos parar? O salto entre conhecidos e amigos demorou anos, entre amigos e namorados demorou meses, entre namorados e amantes demorou dias.

A forma como olhas para mim com ar maroto enquanto me seguras o pénis e o colocas nos lábios. Como se brincasses com a dualidade de te submeteres, mas ao mesmo tempo soubesses que tens todo o poder do mundo.

De olhos fechados brincas com a lingua e vais mordiscando.

-Cuidado!!
-Não tenhas medo que não te vou aleijar.

Encosto a cabeça para trás e simplesmente me intrego ao calor que o meu corpo liberta. Sinto a cama a mover e ao abrir os olhos vejo que estás a rodar o corpo e a trazer o teu sexo para junto de mim. Palavras para quê? É tão simples perceber o que o teu corpo e alma desejam.

Entregues a esta partilha do corpo onde somos agora donos das nossas sensações e dos corpos um do outro ficamos até ao momento em que me apertas cabeça com as pernas e me agarras com força enquanto todo o teu corpo treme e abana........

terça-feira, novembro 08, 2005

Morder

-Morde! Podes morder eu gosto que me mordas as orelhas.

Passas a lingua pela orelha a toda a volta, enfias por todo o lado e mordiscas-me o lóbolo.

-Mais forte. Desde que não faça sangue podes morder ainda mais.

Mordes com força.... Parece que me vais arrancar um pedaço da orelha. Ainda bem que estamos semi-vestidos. Se estivesse a fazer amor contigo teria rebentado dentro de ti neste momento! Por isso apenas prendo as minhas pernas em volta das tuas, delicio-me com os teus seios cheios de encontro ao meu peito enquanto agarro os teus cabelos loiros e te seguro com força.
Preciso de sentir os teus lábios junto dos meus! Beijas tão bem! É como se o mundo fosse desabar em volta e só eu e tu cá fossemos ficar.

-Eu já não faço isto à muito tempo. - dizes a medo, como se o tempo que passou fosse tornar menos bom o que estávamos a sentir.
-Sem querer parecer foleiro... se melhorares com o tempo eu não sei se aguento.

O sorriso que te aparece nos lábios junto do brilho dos olhos mostra o quanto feliz estás de aqui estar comigo.

-Tens a certeza de que não aparece alguêm por aqui? - Parece que repentinamente a ideia de ser apanhada te passou pela cabeça.
-Este fim de semana a casa está só para mim. Se aparecer alguma visita vai dar o nariz na porta. - digo eu para te tranquilizar - Temos todo o tempo do mundo.

Rodamos um pouco e ficamos deitados lateralmente.... Partindo dos lábios vou descendo lentamente enquanto as mãos se perdem em direcção aos peitos. Tens uns peitos lindos que me enchem as mãos e transbordam. Ao primeiro contacto dos lábios os mamilos saltam pontiagudos e convidativos.

-Como sabe bem a tua boca..... Continua por favor.

(Continua... se me apetecer :) )

segunda-feira, novembro 07, 2005

Almofadas

Não querias estar comigo naquele dia. Não querias estar comigo tão cedo. O estar faz tão bem. O não estar faz tanto mal. Mais valia não estar de vez e arrumar a casa. Realmente arrumar a casa. Pegar na almofada extra da cama, colocar a fronha para lavar e enfiar a almofada num canto escondido do roupeiro.

Mas eu sou mau. Não te deixo arrumar assim as coisas. Aproveito quando estás distraida e volto a por a almofada no sítio dela.... em cima da cama. Aquela famosa cama. Que eu falhei a montagem.... falhei a primeira noite..... mas onde passei uma noite linda, memorável, e ao mesmo tempo.... triste. Foi quase à um ano lembras-te? Claro que te lembras. Como te poderias esquecer? Como me poderia eu esquecer. Tu recebeste a "... prenda de anos mais bonita que alguma vez recebi" e eu recebi a coisa mais bonita que alguma vez me tinham dito.

Mas foi triste. Eu tinha de me ir embora....... Tu não me querias deixar ir.... Eu não queria ir. Ainda te lembras? A fazermos uma árvore de natal.... A irmos pelo caminho mais longo para a estação. Perdi o comboio duas vezes nesse dia :)

Cometi tantos pecados naquelas horas..... Alguns daqueles que sabem bem e que não são pecado. Outros daqueles que não sabem bem, nem são pecado mortal mas que deviam ser pecado.

Queria falar um pouco sobre eles. Mas quais? Uns foram tão bons no momento, mas agora que olho para eles fico tão triste por saber que não se vão repetir. Os outros então..... fizeram tristeza na altura e ainda mais agora....
Talvez deva falar dos dois.... De quais querem ouvir vocês?

domingo, outubro 30, 2005

17-10-2005

17/10/2005 em frente
Não estavas ao meu lado quando acordei... É normal... apesar de ser Sábado eu durmo sempre mais uma ou duas horas do que tu, e tu não te consegues segurar na cama. Levanto-me e vou ao quarto de banho, deves estar ao computador ou na sala por isso, para lá me movimento.
Espreito no escritório e nada, abro a porta para a sala... e nada. Onde estarás tu andarilha? Pego num copo de sumo e estendo-me no sofá a ver um pouco de televisão. Nada de especial excepto uns episódios velhos do C.S.I. no AXN. Ainda me deixo uns minutos a ver até que me farto, desligo a imagem e ponho um som a correr...
Não sei quanto tempo passou, quando acordo já estás de volta. Tiraste a roupa, fechaste a cortina e estás ali aninhada comigo. Será que dormes? Não me parece. Se te conheço, estás apenas a aproveitar o calor que recebes de mim em conjunto com o quente do cobertor que foste roubar ao quarto.
Chego-me mais a ti e coloco a mão na tua barriga e vou fazendo festinhas e carinhos. Em uníssono com os bons dias fazes mais pressão contra mim, tal qual como uma gata ronronante... Estou tão quente... Bem mais quente do que seria normal para quem acabou de acordar, mas em relação a isso já sabes... Contigo acordo sempre bem disposto. Vou subindo com a mão direita até te acariciar os peitos, repentinamente um pequeno gemido escápa dos teus lábios. Coloco o braço esquerdo sob a tua cabeça, volto a tua cara para mim e beijo os teus lábios doces.
O teu beijo é tão intenso, tão cheio de vida. Mas um beijo é um beijo não é? Os beijos são todos iguais. Ou será que não? Será que aquilo que nós sentimos pelo outro vai transportado no nosso beijo? Será que o outro consegue sentir essa mensagem? Será que aquilo que nós sentimos pelo outro amplifica o beijo? Será que algum dia vou voltar a sentir os teus lábios? E será que irei sentir o mesmo que senti da ultima vez que os beijei?
Empurras-me sobre as costas..... Sobes para cima de mim. Não estás com meias medidas. Empurras as minhas calças para baixo, agarras-me o pénis afagas por momentos e de seguida afastas as calcinhas para o lado e colocas-me dentro de ti. Estás estranha... és uma verdadeira fan dos perliminares e deliras com o receber de carinho oral. Mas desta vez havia uma necessidade diferente. Estás de olhos fechados. Eu até poderia parar e estar quieto, as tuas ancas movem-se com uma determinação. Coloco as mãos nos teus peitos e aperto com força enquanto belisco os mamilos.... sei que deliras com isso e queria te chamar para mim, mas estás completamente entregue à volúpia do sexo. Mas que coisa estranha....... Que te aconteceu no teu passeio para estares assim?

Tento simplesmente fechar os olhos e me deixar levar pela volúpia. Não sou eu que ali estou? Coloco as mãos sobre as tuas ancas e tento acalmar o teu ritmo..... Fazes força para continuar. Abres os olhos e ficas uns segundos focada no meu olhar a movimentar-te com ainda mais determinação. As pupilas cada vez mais abertas.... Tens o clitóris tão inchado que o consigo sentir roçando contra mim. Estás tão próxima do orgasmo, consigo sentir a electricidade que se vai formando em torno de ti a queimar as extermidades. Colas o teu peito no meu e beijas com força, deixas cair a cabeça ao lado da minha..... és tão má!! Sabes que sentir a tua respiração nas orelhas me faz sair do sério. Agarro-te pelas ancas e junto-me a ti. O mundo lá fora... qual mundo? Se algum vizinho for a sair de casa agora vai ter um belo espéctaculo sonoro.