sábado, janeiro 21, 2006

Turista acidental

Estou sentado no sofá. Tenho um gato no colo que se rebola aos meus mimos e que ronrona do carinho que está a receber.

- Porque estás zangado comigo?
- Não estou zangado contigo borreguinha. Estou zangado comigo. Estou perdido numa terra onde sou estranho, mas aonde estou apenas porque escolhi aqui estar.
- E isso é razão para ficares zangado?
- Um estranho numa terra que não a sua. Se faz asneiras arrisca ser deportado.
- Ninguêm te vai deportar.

Com estas palavras decides terminar a conversa. Aproximas-te de mim, afastas com carinho o gato que se mantinha aninhado no meu colo, afastas as minhas pernas e colocas o teu corpo junto ao meu. Olhando fundo nos meus olhos plantas um beijo nos meus lábios e encostas ainda mais os teus amplos seios de encontro ao meu peito. Gosto de ficar assim bem apoiado, gosto de ficar com os braços e mãos livres para deambolar pelo teu corpo. Vou afangando as tuas costas e subindo subindo.

- Não... Nãaoooo. - Protestas quando solto os colchetes

É maravilhoso poder passear as mãos pelas tuas costas sem se me sentir interrompido pelo soutien. A forma como a respiração fica mais quente e ofegante na minha boca mostra que algo de bom está a atravessar esse teu corpo e alma.

Deixo a boca escorregar ao longo do pescoço até chegar aquela covinha onde não sabemos bem se ainda estamos no pescoço ou a chegar ao ombro. Começo por colocar um beijo leve e sinto a tua boca na minha orelha. Que maravilha borreguinha. Deixo as mãos descer e agarro o teu traseiro e vou massagando e deixando escorregar.

- Agora está presa.... Dai já não sai.
- Até parece que tens um traseiro gigante. Tens um corpo tão lindo. Sonho com o dia em que te deixares convencer disso.
- És um querido.

Vou tirando a tua roupa e a minha até ficarmos em tronco nu.

- Queres fazer amor comigo linda?

Olhas para mim com fogo nos olhos, levantas o teu corpo do sofá e poso ver aqueles teus seios grandes e lindos....

- Nunca me canço de ver os teus seios, são os peitos mais bonitos que alguma vez vi.

Agarras no meu cinto e retiras as minhas calças. Agarras na minha mão e levas-me para o quarto onde duas velas já iluminam o ambiente.
Empurras-me para a cama e..............

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Desafio:
Continua tu agora este pecado e mostra o quão delicioso ele é.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Fazia Sol no Sonho

Mascara
Fazia Sol quando peguei no carro. Estava quente. Hora imprópria para viagens. Ligo o motor e o ar condicionado. Coloco a mochila na mala e arrumo com cuidado o saco do portátil. A caixa de cd's de música fica no porta luvas.

Vou uns minutos para a sombra e revejo mentalmente o trajecto IP3...IP5 e depois umas quantas nacionais. Já fiz várias vezes o caminho para aquelas bandas. Mas desta vez parecia que tinha medo de me perder e ir acabar no alentejo ou algo do género.

- Borreguinha, será boa ideia aparecer assim em tua casa? O que irá a tua família pensar.
- Que és um amigo meu que me veio visitar.
- Mas eu tenho família ai perto, não faz sentido ficar em tua casa. Eles vão achar isso, e a minha família também se souber que ai estou.... E eu não sei como me comportar....
- Sim tu és um bocado bronco e matarruano, não te sabes comportar numa casa fina. - Sinto o riso nos teus lábios..
- Borrega... Ok estou ai amanha depois do almoço pois de manhã tenho de ir tratar de umas coisas.
- Beijo grande. Faz boa viagem manda toque quando saires e qd estiveres a chegar para te ir buscar.
- Outro. Dorme bem linda.

A decisão do dia anterior continuava a pesar na cabeça. Seria boa ideia levar isto neste sentido? Seria capaz de a ver naquela situação?

Pego no carro, coloco a tocar algo que me ajude a desligar o pensamento. Devo estar mesmo louco. Mas a ideia de juntar mais uma semana de separação a esta que tinha passado foi demais para me controlar. Nem a ideia de não lhe poder tocar, não a poder beijar quando nos fosse apetecer.

Desligo o cérebro e sigo a estrada. Mais um kilómetro de viagem... Menos um de distância.

Os olhos mágicos que nos ultimos meses me tinha acostumado e ver diáriamente já se tinham ido embora faz tempo. Os olhos que eu via quando fechava os meus e me chamavam para junto de si.

CUIDADO!!!!
Adormecer embalado em sonhos ao volante é má ideia. Ponho a musica mais alto e coloco os pensamentos na estrada. Mais um kilómetro de viagem... Menos um de distância.

Quando chego a ********* na praça da vila lá está ela.

- Estás bem? - É a primeira coisa que me diz mal chego.
- Nervoso.... e desidratado.
- Vamos beber algo ao café.

No café o primeiro choque. Sentado numa mesa com um grupo de amigos está ele. Ela chega junto do grupo, cumprimenta os presentes e apresenta-me ao grupo:

- Este é o ******* um amigo meu. Estes são o ***, a ****, o ***** e o ****** tu já conheces.

Estendo a todos a mão e vou dizendo "-Prazer." ao chegar ao último a reacção fria e de imobilidade informa os presentes sobre quem aqui está.

Sentamo-nos e pedimos. Um ice-tea e uma tulipa. Tento acompanhar a conversa, fazer com que a pessoa que aqui me trás se sinta minimamente feliz. Mas só consigo pensar nos olhos que olham do outro lado da mesa.
Estou estafado. Fecho os olhos e na minha mente a imagem da sua boca sorridente acalma a minha ansiedade. Volto a abrir, respiro fundo e sigo em frente.

O 10º Mandamento

"Não cobiçarás a casa, a mulher, nem o servo, nem a serva, nem o boi, nem o jumento, nem cousa alguma que pertença ao teu próximo."

Pequei Senhor. Em actos e pensamentos pequei. Perdoa-me Senhor mas voltaria a pecar. Não estou arrependido do que fiz e por isso não poderei alcançar a Tua paz.

Pequei Senhor. Vi a mulher do próximo e a desejei para minha. Fui em busca dela e a tentei roubar do meu próximo.

Pequei Senhor e comigo pecou outra pessoa.

"Não adulterarás."

Pecámos juntos e o pecado foi doce Senhor. Agora sofremos juntos pois não desejamos o Teu perdão. Somos pecadores mas não nos arrependemos do nosso pecado.

Espero que nos Possas perdoar um dia, mesmo sabendo que estes pecados que cometemos juntos os voltariamos a repetir. Espero que não Tenhas vergonha desta Tua pobre imagem que em nós vive.

Quando suprasTe a Tua imagem nos nossos corpos perdeu-se a santidade.

O castigo do meu crime é a paixão e o amor. Poupa por favor Senhor as outras pessoas do mesmo castigo.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Pecados Mortais

Then he had thought about what his position actually was and the renewed shock had nearly made him spill his drink. He drained it quickly before anything serious happened to it. He then had another quick one to follow the first one down and check that it was all right.

''Freedom,'' he said aloud.

Trillian came on to the bridge at that point and said several enthusiastic things on the subject of freedom.

''I can't cope with it,'' he said darkly, and sent a third drink down to see why the second hadn't yet reported on the condition of the first. He looked uncertainly at both of her and preferred the one on the right.

He poured a drink down his other throat with the plan that it would head the previous one off at the pass, join forces with it, and together they would get the second to pull itself together. Then all three would go off in search of the first, give it a good talking to and maybe a bit of a sing as well.

He felt uncertain as to whether the fourth drink had understood all that, so he sent down a fifth to explain the plan more fully and a sixth for moral support.

''You're drinking too much,'' said Trillian.

His heads collided trying to sort out the four of her he could now see into a whole position. He gave up and looked at the navigation screen and was astonished to see a quite phenomenal number of stars.

''Excitement and adventure and really wild things,'' he muttered.



Em algumas culturas o consumo de bebidas alcoolicas é um pecado mortal. Na nossa galáxia segundo o Sr. Douglas Adams o consumo de alcool é algo de estrondoso. Na nossa cultura o consumo é permitido, encorajado, e incentivado.

E esquecer pecados bebendo? Curar um pecado com outro pecado... "I can't cope with it" pobre Beeblebrox como te entendo. Mas não vou seguir o teu caminho. Eu sei o que eu quero. E sim, vou curar um pecado com muitos outros pecados. Mas pecados que não me deixam desistir.

Queres pecar comigo? Queres aqui estar comigo?

sábado, janeiro 14, 2006

Acordar

Acordo repentinamente. Onde estou? Esta não é a minha cama. Esta não é a minha almofada. Está alguêm aqui comigo, consigo sentir o calor. Num momento e apesar de o quarto continuar escuro tudo fica claro.

Já deve ser muito tarde (ou muito cedo). Encosto a almofada ao fundo da cama e sento-me enquanto os olhos se acostumam á escuridão. Afinal não está assim tão escuro. Alguma luz entra pelas persianas, e as luzes verdes do despertador.

Ela dorme ao meu lado de cara voltada para mim. Paz. É a cara da paz. Escorrego para baixo e coloco um beijo naqueles lábios doces. Ela acorda e olha para mim e sorri.

- Olá borreguinho.
- Olá borreguinha.... São horas de me ir embora não são?

Ela agarra o meu braço.

- Esta cama é a tua.... Enquanto ambos quisermos esta cama é a tua.

Volta a fechar os olhos e adormece. Acho que não deve ter chegado a sair do sono, amanhã até se irá perguntar se isto aconteceu ou foi um sonho.

Fecho os olhos, chego-me mais junto e entrelaço as pernas nas suas. O calor dos dois assim é intoxicante. Adormeço e volto a sonhar.... a sonhar o sonho que me espera ao acordar.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Aquela tarde

Procurava motivo para não pegar numa montanha de papéis quando o telefone tocou. Era alguêm que eu já não esperava ouvir. Pelo menos não tão cedo.

"Não me devias ter beijado. O que sinto por ti não é isso. Devias ter sentido isso bem cedo."

Tinham sido estas as últimas palavras dela na semana anterior. Depois delas um silêncio em todas as frentes.

- Olá! Tudo bem contigo? - Disse eu tentando parecer casual.
- Olá... Sim está tudo bem...........
O silêncio dela significava que não.
- Então? E queres falar sobre estar bem?
- ........ Sim.... Não..... Que confusão... Podes vir a minha casa?
- Agora? Assim repentinamente?
- Sim... Agora.
- ....Ok estou aí em 20 minutos.

Entro no apartamento e mal tenho tempo para dizer olá pois já fui agarrado e tenho os seus lábios nos meus. Respondo ao bejo, sentindo o mesmo fogo que da outra vez. Mas apesar do fogo ser o mesmo agora está tão diferente. Como se as amarras que travavam o abraçar da sensação tivessem sido removidas. Ao fim de uns minutos separas-se de mim e virando costas ruma para o sofá. Antes de o alcançar pára. Apesar de nunca deixar de estar de costas voltadas para mim consigo ouvir as lágrimas a sair daqueles olhos sempre lindos e a cairem no chão.

- Então linda? Que se passa?
- .... Tu sabes bem o que se passa? Eu não posso fazer isto!
- Se podes ou não só eu e tu sabemos e podemos dizer.... Mais ninguêm. Quanto a querer.... acho que é claro que ambos queremos.
- Eu não posso querer!

Continua de costas voltadas para mim. As lágrimas tornaram-se em choro convulsivo. Aproximo-me dela e coloco as mãos nos ombros. Sinto que ela vai continuar a fugir de mim e seguro com firmeza. Passo para a frente dela e levanto a face para os meus olhos. Com as pontas dos dedos limpo as lágrimas que ainda correm. Sou culpado daquelas lágrimas mas sinto que devo sorrir. Não existe nenhum prazer perverso, nem nenhum pecado obscuro que me façam sorrir quando uma mulher de quem gosto chora por minha causa; apenas sinto que lhe devo transmitir alguma força.

- Ei!!! Que é isto linda? Até parece que o mundo está para acabar. Já soubeste dar a volta por cima a coisas bem mais complicadas e aborrecidas e agora isto?

Sento-a no sofá e vou até a cozinha. Coloco água e ligo a chaleira eléctrica. Procuro nos armários até encontrar tudo o que preciso. Duas chávenas, um bule, um saco de chá, duas colheres e o pote do açucar. Coloco tudo numa bandeja e levo para a sala.

- És um querido.... Por seres um querido é que eu estou assim!

Não digo nada. Sirvo o chá. Bebo com calma o meu enquanto olhamos nos olhos um do outro. O silêncio não nos assusta.... Que mais quererá ela.

Levanto-me e ligo a aparelhagem e enquanto procuro o CD sinto os olhos dela a percorrer as minhas formas e acções.


Descubrimos vos y yo
en el triste carnaval
una musica brutal
melodias de dolor

Despertamos vos y yo
y en el lento divagar
una musica brutal
encendio nuestra pasion

Dame tu calor,
bebete mi amor


Pego-lhe na mão e levanto a de encontro a mim.

- Não!!!
- Uma dança..... O que é uma dança?

A sua forma de dançar.... Eu sou um aprendiz nas suas mãos. Um Tango invertido, mas continuando a ser a forma de dança mais sensual. Mais do que a forma como os corpos se agarram é a forma como eles passam um no outro. Os olhares trocados. Aqueles olhos que me chamam e me dizem para sair. Todo o meu desejo é que ela não chore. Só a quero ver feliz.

- Beija-me!
- Não chores..... Por favor não chores.
- Eu não volto a chorar por isto.

O duelo das almas. A forma como entregues aos seus pecados aqueles dois se tocam nos lábios. Nas mãos, nos lóbulos. Ela saberia? Mordiscando os lóbulos, trincando, percorrendo o contorno com a lingua. Não aguento mais!

Agarro na base da sua camisola preta e levanto. Não resisti... Quero-a para mim.

Canto-lhe duas estrofes.
- Vem.... vem que o amor não é o tempo. Nem é o tempo que o faz.
- Vem que o amor é o momento eu que eu me dou....

O sangue corre nas veias rápido e quente. Ela controla a música. Caiu no sofá. Perco as sapatilhas. Perco as camisolas. Perco as calças. As suas mãos não se perdem por ai. Solta as suas calças. Solta o cabelo. Solta o seu corpo da prisão das roupas e junta-se a mim no sofá.

- Ó linda, aonde estamos a ir?
- A onde nos levar o pensamento.

Deito-me e coloco o seu corpo sobre o meu. Beijo os seus lábios e deixo as mãos passear naquele corpo de pecado.

- Tem cuidado rapariga.....
- Porquê?
- Posso perder completamente o controlo....
- Ainda bem.... Eu já perdi o meu......

Solto as molas que prendem aquele pedaço de pano. São lindos os peitos que me esperam escondidos. Toco ao de leve na aréola e passo a lingua na ponta do mamilo... Repentinamente o seu corpo arqueia para trás e consigo ver que os mamilos se tornam erectos e ainda mais convidativos.
Continuamos a brincar pedindo cada vez mais do corpo do outro.
Somos amantes em transe. Afasta os meu boxers para longe e coloca-me dentro de si. Os olhos ficam fechados.... Ou será que estão abertos? Não sei dizer pois os meus ficam serrados e sou invadido por uma aura que não é minha. Sinto uma lingua a pedir entrada nos meus lábios. Abro a boca e troca a minha lingua com a dela. Abro os olhos e vejo que me está a observar. Sorriu ao que ela responde com um sorriso e mais um pequeno beijo.

........

Adormeçemos nos braços um do outro. Acordo algum tempo depois, lá fora já é noite e um cobertor apareceu para nos aconchegar. A tarde terminou mas nos vamos ali continuar...

sábado, janeiro 07, 2006

One night long ago

Vi noutro dia um post que falava sobre pessoas que conheçemos, com as quais passamos meia duzia de horas mas que nos marcam para toda a vida.

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Estavamos ainda na fase de montar as tralhas para a festa quando ela chegou. Olhar forte e brilhante, uma cara forte mas simpática e um cabelo escorrido preto.

Durante o resto da noite fiquei a saber que se chamava /%$!" e todos aqueles detalhes que parece que fazem o nosso BI social, de onde vinha, o que fazia, uma idade aproximada (que isto de perguntar idades a uma menina/senhora continua a ser proibido) e mais alguns detalhes.
A festa corria bastante bem... ainda não seriam dez da noite e já todos tinham uma dose de alcool no sangue superior ao permitido por lei... Estavamos os dois a cortar na casaca do resto do pessoal quando chegamos a uma outra rapariga:

- Por acaso a ............. é bem gira, depois do que o ................... tinha dito eu pensava que ia sair alguma baleia.
- O que disse o .............. dela? Eu gosto muito dela!
- Ela é bem gira! Pelo que o ........ dizia eu pensava que além de uns peitos bonitos a rapariga não teria nada! Ela deve ter ai um tamanho 36 e devem ser bonitos.
- Eu tenho um peito tamanho 36.

Aqui instintivamente uma pessoa iria olhar para os peitos da interlocutora, mas as regras sociais não permitem estas coisas... Mas qd ja se bebeu uns copos acima da conta.
- ........... ! Isso não se faz!!
- O linda desculpa. Mas.... tipo..... foi como se falasses do relógio ou de qualquer outra coisa. Foi instintivo.... Desculpa.

Um sorriso disse que estava perdoado e a noite continuou.

Fomos para os bares junto da marginal... Começou a chover.... Ela tentava tapar o cabelo e fica com uma cara triste...

- Deu tanto trabalho esticar o cabelo, agora vai encaracolar outra vez.

Alguns minutos depois eu pego no queixo dela. E olhando nos olhos:

- Um dia destes vais-me explicar porque raio achas que precisas do cabelo esticado para ficar bonita.