terça-feira, novembro 22, 2005

Mordeduras

Dejelill und Lagerman - Gjallarhorn

Não sabia qual o pecado que deveria continuar hoje. Estou um pouco mal disposto, por isso penso que os dois pecados que ficaram pendurados nas almofadas vão ter de ficar adiados por tempo indeterminado.

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Estou de olhos fechados. Estou ali e não estou. Pela cabeça passam mil e um pensamentos. Como foi que aqui viemos parar? O salto entre conhecidos e amigos demorou anos, entre amigos e namorados demorou meses, entre namorados e amantes demorou dias.

A forma como olhas para mim com ar maroto enquanto me seguras o pénis e o colocas nos lábios. Como se brincasses com a dualidade de te submeteres, mas ao mesmo tempo soubesses que tens todo o poder do mundo.

De olhos fechados brincas com a lingua e vais mordiscando.

-Cuidado!!
-Não tenhas medo que não te vou aleijar.

Encosto a cabeça para trás e simplesmente me intrego ao calor que o meu corpo liberta. Sinto a cama a mover e ao abrir os olhos vejo que estás a rodar o corpo e a trazer o teu sexo para junto de mim. Palavras para quê? É tão simples perceber o que o teu corpo e alma desejam.

Entregues a esta partilha do corpo onde somos agora donos das nossas sensações e dos corpos um do outro ficamos até ao momento em que me apertas cabeça com as pernas e me agarras com força enquanto todo o teu corpo treme e abana........

terça-feira, novembro 08, 2005

Morder

-Morde! Podes morder eu gosto que me mordas as orelhas.

Passas a lingua pela orelha a toda a volta, enfias por todo o lado e mordiscas-me o lóbolo.

-Mais forte. Desde que não faça sangue podes morder ainda mais.

Mordes com força.... Parece que me vais arrancar um pedaço da orelha. Ainda bem que estamos semi-vestidos. Se estivesse a fazer amor contigo teria rebentado dentro de ti neste momento! Por isso apenas prendo as minhas pernas em volta das tuas, delicio-me com os teus seios cheios de encontro ao meu peito enquanto agarro os teus cabelos loiros e te seguro com força.
Preciso de sentir os teus lábios junto dos meus! Beijas tão bem! É como se o mundo fosse desabar em volta e só eu e tu cá fossemos ficar.

-Eu já não faço isto à muito tempo. - dizes a medo, como se o tempo que passou fosse tornar menos bom o que estávamos a sentir.
-Sem querer parecer foleiro... se melhorares com o tempo eu não sei se aguento.

O sorriso que te aparece nos lábios junto do brilho dos olhos mostra o quanto feliz estás de aqui estar comigo.

-Tens a certeza de que não aparece alguêm por aqui? - Parece que repentinamente a ideia de ser apanhada te passou pela cabeça.
-Este fim de semana a casa está só para mim. Se aparecer alguma visita vai dar o nariz na porta. - digo eu para te tranquilizar - Temos todo o tempo do mundo.

Rodamos um pouco e ficamos deitados lateralmente.... Partindo dos lábios vou descendo lentamente enquanto as mãos se perdem em direcção aos peitos. Tens uns peitos lindos que me enchem as mãos e transbordam. Ao primeiro contacto dos lábios os mamilos saltam pontiagudos e convidativos.

-Como sabe bem a tua boca..... Continua por favor.

(Continua... se me apetecer :) )

segunda-feira, novembro 07, 2005

Almofadas

Não querias estar comigo naquele dia. Não querias estar comigo tão cedo. O estar faz tão bem. O não estar faz tanto mal. Mais valia não estar de vez e arrumar a casa. Realmente arrumar a casa. Pegar na almofada extra da cama, colocar a fronha para lavar e enfiar a almofada num canto escondido do roupeiro.

Mas eu sou mau. Não te deixo arrumar assim as coisas. Aproveito quando estás distraida e volto a por a almofada no sítio dela.... em cima da cama. Aquela famosa cama. Que eu falhei a montagem.... falhei a primeira noite..... mas onde passei uma noite linda, memorável, e ao mesmo tempo.... triste. Foi quase à um ano lembras-te? Claro que te lembras. Como te poderias esquecer? Como me poderia eu esquecer. Tu recebeste a "... prenda de anos mais bonita que alguma vez recebi" e eu recebi a coisa mais bonita que alguma vez me tinham dito.

Mas foi triste. Eu tinha de me ir embora....... Tu não me querias deixar ir.... Eu não queria ir. Ainda te lembras? A fazermos uma árvore de natal.... A irmos pelo caminho mais longo para a estação. Perdi o comboio duas vezes nesse dia :)

Cometi tantos pecados naquelas horas..... Alguns daqueles que sabem bem e que não são pecado. Outros daqueles que não sabem bem, nem são pecado mortal mas que deviam ser pecado.

Queria falar um pouco sobre eles. Mas quais? Uns foram tão bons no momento, mas agora que olho para eles fico tão triste por saber que não se vão repetir. Os outros então..... fizeram tristeza na altura e ainda mais agora....
Talvez deva falar dos dois.... De quais querem ouvir vocês?